PAPA FÉRIAS NATAL: Para uma quadra festiva cheia de energia e saúde

Se tens entre 8 a 12 anos e tens asma, vem divertir-te connosco no Natal! Nos próximos dias 22 e 23 de Dezembro, entre as 9 e as 17 horas, e no dia 24, das 9 às 13 horas, todas as crianças asmáticas, dos 8 aos 12 anos, estão convidadas a aparecer no Complexo Desportivo da Maia, onde poderão participar, de forma inteiramente gratuita, numa série de actividades desportivas.

Ah! E cada criança pode levar um amigo ou um familiar da mesma idade, como, por exemplo, um primo ou um colega da escola.

Esta mensagem é também para os pais e encarregados de educação. Se têm filhos asmáticos com aquelas idades e ainda estão a pensar como poderão mantê-los ocupados e dinâmicos nesta quadra, a participação neste evento é um excelente desafio. E desta vez sem quaisquer custos! Apenas deverão levar roupa desportiva, água e comida para os lanches; o almoço é oferecido. 

Desporto contribui para atenuar os sintomas e controlar a doença  

Depois do sucesso da primeira edição, a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) quer voltar a pôr as crianças a mexer, especialmente numa altura em que, em plenas férias de Natal, elas tendem a estar mais paradas.

Esta iniciativa da APA tem como principal objectivo mostrar aos mais novos e aos seus familiares, sobretudo aos pais, que o exercício físico não está contra-indicado nos asmáticos. Muito pelo contrário! O desporto contribui para atenuar os sintomas e controlar a doença, para além de fomentar a sociabilização e a auto-estima.

É claro que há esquemas de treino e exercícios que são mais adequados a crianças com asma. Mas para isso é que existem os profissionais: para dizer o que é mais ou menos indicado em cada caso concreto. Mas o mais importante é deixar de olhar para a actividade física na criança asmática (e, já agora, no adulto) como um tabu. Embora umas sejam mais recomendáveis do que outras, não há modalidades proibidas. Aliás, todos sabemos que há muitos atletas ao mais alto nível que tem asma!

 Mas há outra vantagem que não deve ser menosprezada. Ao aderir a esta iniciativa, as crianças asmáticas terão a oportunidade de conhecer outras crianças na mesma situação, trocar opiniões e partilhar pontos de vista.

Os principais apoios do PAPA FÉRIAS NATAL são da Câmara Municipal da Maia, do Projecto SMS – Solidariedade Médica e Social e do Grupo Tecnifar Farmacêutica. 

Mais informações e inscrições, por favor, contactem:

Associação Portuguesa de Asmáticos

Website: www.apa.org.pt

E-mails: informa@apa.org.ptmedidasaude@gmail.com

Telefones:

91 9073956 ou 91 4109891

Tenho 65 anos. Será que tenho asma?

Aos 65 anos, comecei a sentir falta de ar, tosse pieira: será que tenho asma?

A asma é uma doença crónica que pode surgir em qualquer idade. Embora exista uma tendência para associar esta patologia à infância, a verdade é que pode aparecer pela primeira vez em pessoas de qualquer faixa etária.

Quando a asma surge pela primeira vez na terceira idade, a sua identificação pode ser difícil, uma vez que, neste ponto da vida, os problemas respiratórios podem ter muitas outras causas, algumas delas até mais prováveis, como certas patologias pulmonares (doença pulmonar obstrutiva crónica) e cardíacas.

Muitas vezes, os idosos e as famílias tendem a desvalorizar a sintomatologia respiratória, considerando-a como própria do envelhecimento.

Só o médico poderá fazer o diagnóstico e perceber se se está ou não perante um caso de asma e, se o diagnóstico de asma for confirmado, será definido um plano terapêutico apropriado e o asmático e a família deverão aprender a viver com a nova condição. Sempre com o objectivo de ter uma vida completamente normal.

Os asmáticos idosos devem guiar-se pelas recomendações gerais estipuladas para a asma. Um dos passos fundamentais para a manutenção e controlo da asma é a evicção quer dos alergéneos, quer dos factores desencadeantes, isto é, dos agentes que podem despoletar uma agudização da asma como os pólens, os ácaros, as partículas libertadas pelos animais (alergéneos) ou o fumo do tabaco, o ar frio, entre outros (partículas desencadeantes).

Mas há algumas particularidades desta população que devem ser levadas em linha de conta pelo médico, pelos familiares e pelo próprio doente: 

Multipatologias

Com o avançar da idade, muitas vezes, acumulam-se os problemas de saúde. Quando a asma é diagnosticada a um idoso, numa grande parte dos casos, ele sabe que tem outras patologias, sejam elas mais ou menos graves. Hipertensão, diabetes, problemas cardíacos… são alguns dos problemas de saúde que afectam frequentemente este segmento da população. 

Polimedicação

Na sequência do acumular dos problemas de saúde, constata-se que o idoso acumula a toma periódica de vários medicamentos. Assim, a existência de várias patologias e a toma de vários medicamentos constituem limitações à definição da estratégia terapêutica por parte do médico, que tem de observar a possibilidade de interacção medicamentosa. Por exemplo, alguns medicamentos para doenças cardíacas podem agravar a asma.

O paciente e a família devem ajudar o médico, informando-o de todos os medicamentos que são habitualmente administrados ao idoso, inclusivamente aqueles que tomam sem indicação médica.

Para além disto, a família deve zelar para que o idoso tome de forma adequada a medicação receitada quer para a asma, quer para outros problemas de saúde, nas horas e quantidades certas, sem esquecimentos. Uma vez que os idosos tendem a esquecer-se ou a confundir medicamentos, é essencial que a família esteja atenta.

Os dispositivos de inalação podem também constituir um obstáculo para um paciente idoso pouco ágil. Devem ser escolhidos inaladores de uso fácil e os familiares deverão aprender a usá-los, quer para se certificarem de que o idoso o usa correctamente, quer para lho administrarem no caso de este não o conseguir fazer sozinho. 

Perda de função respiratória

Os pacientes idosos devem manter-se activos. A inactividade não beneficia o idoso asmático porque acentua a perda da função respiratória. É preciso “treinar” a respiração. O médico responsável poderá até recomendar a realização de programas de fisioterapia para manutenção da função respiratória e fortalecimentos dos músculos da caixa torácica. 

 

Asma pode dar lugar a indemnização por incapacidade laboral

Tenho asma. A minha doença interfere muito com a minha profissão, sobretudo porque foi contraída no exercício da minha actividade. Ao longo de todo este tempo, o meu patrão não tomou qualquer atitude e a minha saúde tem vindo a agravar-se consideravelmente. Tenho direito a uma indemnização? 

Sim, pode ter. Em algumas situações correctamente documentadas, o doente asmático poderá ser declarado incapaz e ter direito a uma prestação pecuniária correspondente ao grau de incapacidade determinado pela autoridade competente nesta matéria. 

O que é a asma profissional?

Uma doença profissional é aquela que resulta directamente das condições de trabalho, consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio) e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte.

Deve ser considerada como doença profissional respiratória toda a alteração permanente da saúde do indivíduo que resulte da inalação de poeiras, gases, vapores, fumos e aerossóis ou ainda que resulte de exposição a radiações ionizantes e outros agentes físicos, em que se estabeleça uma relação causal com o posto de trabalho ocupado.

A distinção entre asma e asma profissional está apenas no facto de ter sido originada no e pelo local de trabalho. 

Quem é passível de invalidez?

De acordo com o Decreto-Lei n.º 341/93, de 30 de Setembro, os asmáticos são passíveis de invalidez, nos seguintes casos:

a) Asma profissional – situação clínica resultante da sensibilização no local de trabalho a substâncias implicadas ou resultantes dos processos de produção;

b) Asma complicada pela profissão – se o trabalhador não for recolocado efectivamente, por negligência do empregador, os agravamentos serão da responsabilidade deste e serão avaliados como se de asma profissional se tratasse. 

A quem devo dirigir-me?

Qualquer médico, perante uma suspeita fundamentada de doença profissional – diagnóstico de presunção –, tem obrigação de notificar o Centro Nacional de Protecção contra Riscos Profissionais (CNPRP), pertencente ao Trabalho e da Solidariedade Social, mediante o envio da Participação Obrigatória devidamente preenchida.

Existem alguns centros especializados em doenças alérgicas e respiratórias ocupacionais que poderão estudar mais aprofundadamente a relação entre a asma e a profissão. 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de asma profissional ou asma agravada pela profissão impõe sempre o afastamento do trabalhador da área da laboração. Se o afastamento fizer com que as queixas clínicas cessem e a função respiratória normalize, não haverá lugar a atribuição de incapacidade, mas sim à reconversão profissional ou à recolocação selectiva.

No caso de incapacidade, o seu grau será corrigido pela persistência de hiperreactividade brônquica, o número de crises de broncoespasmo devidamente documentadas necessitando de assistência em serviços de urgência ou de medicina do trabalho e a existência ou não de sintomatologia entre as crises, apesar de uma terapêutica optimizada. A avaliação funcional será efectuada após afastamento do local de trabalho. 

Como se avalia a incapacidade no meu caso?

No caso de asma preexistente agravada pela actividade profissional, a componente clínica é valorizada pela demonstração da queda documentada da função respiratória após exposição ao ambiente de trabalho, quer seja possível detectar uma reacção imediata, quer tardia. A utilização de debitómetros (peak flow meter) no local de trabalho, com registo dos valores durante o dia de trabalho, os fins-de-semana e os períodos de férias, facilita este diagnóstico.

As provas de provocação inalatória inespecíficas são valorizáveis quando, sendo previamente negativas, se tornam positivas algum tempo após o início da actividade laboral. 

Quais são os meus direitos?

Caso se confirme a incapacidade, o asmático terá direito à reparação do dano, seja em espécie (prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar, etc.), seja em dinheiro (indemnização pecuniária por incapacidade temporária para o trabalho ou redução da capacidade de trabalho ou ganho em caso de incapacidade permanente, etc.), em conformidade com a presente Tabela Nacional de Incapacidades (TNI), cujo objectivo é fornecer as bases de avaliação do prejuízo funcional sofrido em consequência de acidente de trabalho e doença profissional, com perda da capacidade de ganho.

No caso dos funcionários públicos, compete à Caixa Geral de Aposentações a responsabilidade pela reparação dos danos.

 

Contra a gripe, vacinar, vacinar!

Os doentes asmáticos devem tomar a vacina contra a gripe, uma vez que constituem um dos grupos de risco para a gripe e as complicações associadas.

A gripe é uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias causada pelo vírus Influenza, um vírus descoberto em 1933. O vírus é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto directo, por exemplo, através das mãos.

Desde que uma pessoa é infectada até que aparecem os primeiros sintomas podem decorrer entre um a cinco dias. O contágio a outras pessoas pode dar-se dias antes do início dos sintomas e até sete dias depois.

A gripe manifesta-se por início súbito de febre alta, calafrios, dores de cabeça, dor de garganta, dores musculares e articulares, tosse seca, congestão nasal e mal-estar geral. Para além destes sintomas, as crianças ainda podem experimentar náuseas, vómitos, diarreia, dores nos ouvidos e prostração.

A sua gravidade depende de muitos factores, tais como o grau de virulência e a quantidade dos vírus, a idade e o estado de saúde da pessoa infectada.

Felizmente, a gripe pode ser prevenida através de algumas medidas de higiene, como a lavagem periódica das mãos, mas, sobretudo, através da vacinação anual.

Asmáticos entre os grupos prioritários 

De acordo com a Direcção-Geral de Saúde, constituem alvos prioritários para a época gripal 2008/2009: – Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;– Doentes crónicos e imunodeprimidos, com mais de 6 meses de idade;– Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente). Entre os doentes crónicos a quem se recomenda a vacina estão, precisamente, “os asmáticos sob terapêutica com corticóides inalados ou sistémicos”, tendo em conta que sofrem um “alto risco de desenvolver complicações pós-infecção gripal”.

Por curiosidade, também estão incluídos neste grupo os doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica, diabetes mellitus, imunodepressão, patologias cardiovascular, renal, hepática, neuromuscular ou hematológica, transplantados e crianças e adolescentes sujeitos a terapêutica prolongada com salicilatos.

Constituem contra-indicações antecedentes de uma reacção grave a uma dose anterior da vacina, antecedentes de reacção anafiláctica a qualquer dos componentes da vacina, nomeadamente aos excipientes; e antecedentes de Síndroma de Guillain-Barré nas 6 semanas seguintes a uma dose anterior da vacina.

Embora não seja eficaz a 100%, a vacina da gripe reduz drasticamente a possibilidade de contrair a doença. A verdade é que os avisos caem, muitas vezes, em orelhas moucas. Em Portugal, estima-se uma cobertura vacinal contra a gripe da ordem dos 15% da população, o que significa que muitos doentes asmáticos ficam de fora.

Asmáticos correm risco maior de complicações

Os asmáticos correm um risco mais elevado de desenvolver complicações depois de serem infectados pelo vírus, pelo que a sua administração neste grupo de doentes é aconselhada anualmente por especialistas e autoridades de saúde de todo o mundo.

Sem a vacina, as pessoas com asma que contraem o vírus ficam mais vulneráveis às infecções típicas desta época (como as infecções por pneumococos, responsável pela pneumonia), infecções essas que podem ser graves e até mortais.

Por causa da sua doença de base, os asmáticos reagem pior às complicações decorrentes de uma gripe. Os sintomas da asma exacerbam-se e obrigam, frequentemente, a recorrer ao médico ou ao serviço de urgência. Por vezes, têm de ficar internado no hospital.

Para além do sofrimento, os doentes são obrigados a faltar à escola ou ao trabalho, metem baixa, consomem recursos altamente dispendiosos para o Estado e, eles próprios, gastam mais dinheiro a comprar medicamentos. Feitas as contas, uma ameaça que poderia ser facilmente resolvida com uma simples picada acaba por sair cara ao doente incauto e a todos nós que pagamos impostos.

Não espalhe! 

E não são só os asmáticos que correm riscos ao não se vacinarem. Se “apanharem” a gripe, irão certamente espalhá-la por familiares, amigos ou mesmo desconhecidos, sobretudo numa fase inicial da doença, fazendo com que outros adoeçam. Quer ficar com esse peso na consciência?

Dirá: os outros que tomem a vacina! Pois, era bom que assim fosse. O problema é que as vacinas produzidas anualmente não chegam para todos. A quota de vacinas atribuída a cada país é limitada, pelo que são estabelecidas prioridades. Na corrida às vacinas, os asmáticos estão à frente da fila. A população em geral fica lá para trás. Mesmo que uma pessoa saudável queira vacinar-se contra a gripe, os médicos têm instruções muito específicas da tutela para não passarem a receita, sob pena de as vacinas não serem suficientes para os ditos grupos de risco.

Acha que ficaria de consciência tranquila sabendo que adoeceu porque desperdiçou a sua oportunidade de se precaver contra a doença, enquanto outros não têm a mesma sorte?

Transforme os seus conhecimentos em melhor saúde. Vacine-se! Se não for por si, faça-o por quem o rodeia! Ah! Os portugueses também agradecem.

Vacina não provoca a gripe

Há várias razões para que as pessoas não se vacinem, mas quase todas desaguam no mesmo: falta de conhecimento.

Desde logo, há quem pense que ficará com gripe se tomar a vacina. É falso! Como explica a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, a vacina da gripe é inactivada, isto é, os vírus estão mortos, não podendo provocar infecção. O processo de fabrico da vacina mata os vírus utilizados. Antes de ser comercializada, são realizados testes que comprovam que a vacina é segura.

Todavia, a administração da vacina pode provocar alguns sintomas, incluindo febre, dores musculares, desconforto ou fraqueza. Quando eles ocorrem, geralmente começam logo após a picada e duram pouco tempo, apenas um ou dois dias.

Se assim é, porquê algumas pessoas continuam a adoecer com gripe? A explicação é simples: depois da vacinação, o nosso organismo demora cerca de duas semanas para adquirir protecção contra a gripe. Logo, se a pessoa tiver contacto com o vírus nesse período, pode ficar doente. Para evitar que isso aconteça, a vacina deve ser tomada o mais cedo possível.

As receitas médicas com prescrição exclusiva de vacina contra a gripe, para a época gripal 2008/2009, emitidas a partir de 1 de Setembro de 2008, são válidas até 31 de Dezembro do corrente ano.

Gripe não é igual a constipação

Mas, atenção! Há outros vírus que podem desencadear sintomas semelhantes aos da gripe, o que causa alguma confusão. Deixe que seja o médico a fazer o diagnóstico!

Por exemplo, é muito comum que as pessoas confundam gripe com uma simples constipação. A verdade é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. A gripe é provocada pelo vírus Influenza, ao passo que a constipação é provocada por outros vírus, designadamente o rinovírus.

Ao contrário da gripe, os sintomas/sinais da constipação, que surgem gradualmente, são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo.

A vacina da gripe protege contra o Influenza e não contra outros vírus. Além disso, só protege contra as estirpes contidas na vacina. Pode acontecer que a pessoa que se vacinou seja infectada por uma estirpe do vírus que não foi incluída na vacina. Ainda assim, espera-se que vacina confira alguma protecção, fazendo com que a gripe seja menos grave do que seria na sua ausência, sobretudo nos grupos de risco.  

O risco de uma nova epidemia

Todos os anos são produzidas novas vacinas. Este ano, a vacina da gripe é composta por uma estirpe viral A (H1N1) idêntica a A/Brisbane/59/2007, uma estirpe viral A (H3N2) idêntica a A/ Brisbane /10/2007, e uma estirpe viral B idêntica a B/Florida/4/2006.

O vírus Influenza apresenta três serotipos diferentes: A, B e C. Só o A e o B têm sido associados a epidemias. O B é quase exclusivamente humano, enquanto o vírus A tem sido isolado também em animais.

As grandes epidemias resultam de alterações importantes da estrutura do vírus, designadamente por recombinação genética entre estirpes humanas e animais, das quais resultam novos subtipos de vírus para os quais a população ainda não tem imunidade/protecção. Daí que o H5N1, que provoca a gripe aviária, seja encarado com grande apreensão.

No século XX, ocorreram três pandemias de gripe: em 1918/19, a chamada gripe espanhola matou 20 a 40 milhões de pessoas; a gripe asiática, em 1957/58, e a gripe de Hong Kong, em 1968/69 fizeram mais de 1,5 milhões de vítimas mortais, tendo os custos económicos directos, a nível mundial, ascendido aos 32 biliões de dólares. Todos os anos teme-se que a estrutura do vírus mude e que uma nova epidemia esteja à porta.

Perante esta ameaça mundial, acautele-se! Vacine-se o quanto antes!

 

Dieta mediterrânica protege as crianças da asma

A dieta mediterrânica pode proteger as crianças da asma e da rinite alérgica, sugere um estudo conduzido no México e agora publicado no jornal Allergy.

Os investigadores analisaram a associação entre a alimentação das crianças e das suas mães durante a gravidez e o desenvolvimento de asma e rinite alérgica numa amostra de 1.476 crianças entre os 6 e os 7 anos de idade.

As conclusões não surpreenderam: as crianças que, no último ano, tinham feito uma dieta baseada em vegetais, frutas e legumes, nozes, peixe e cereais, além de pobre em lacticínios, carne, gordura e “comida de plástico”, tinham menos asma e menos rinite alérgica, bem como menos sintomas tais como espirros, pieira ou lacrimejo nos olhos.

Como sublinham os investigadores, a explicação parece residir no facto de os alimentos contidos na chamada dieta mediterrânica serem ricos em antioxidantes que podem exercer um papel protector sobre os pulmões e prevenir lesões nas vias aéreas.

Além disso, sabe-se que o peixe é rico em ómega 3 e pobre em ómega 6, uma equação que se tem mostrado eficaz na redução nos níveis de proteínas pró-inflamatórias nocivas. Não foi encontrada qualquer relação entre uma dieta tipo mediterrânica pelas mães durante a gravidez e um risco reduzido de asma ou rinite nas crianças.

Fontes:

http://www3.interscience.wiley.com/journal/121402056/abstract

A rinite, quer alérgica, quer não alérgica, agrava o risco de asma

A rinite, mesmo quando não existe atopia (tendência para ter alergia), é um forte factor predictivo do desenvolvimento de asma nos adultos.

Um estudo realizado em 29 centros de 14 países, a maioria dos quais europeus, mostra que o risco de asma é significativamente mais elevado no grupo de doentes com rinite, sobretudo rinite alérgica aos ácaros.

Foram analisadas mais de 6400 pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 44 anos. A incidência de asma foi bastante maior nas que sofriam de rinite alérgica.

Recorde-se que vários estudos clínicos e epidemiológicos têm apontado para uma ligação íntima entre a asma e a rinite alérgica, embora a natureza desta ligação esteja por desvendar.

Fontes:
http://www.thelancet.com

Paracetamol aumenta risco de asma – redução de antioxidante pulmonar pode ser explicação

 Um estudo da Imperial College London, publicado recentemente no European Respiratory Journal, demonstrou que o uso regular de paracetamol está associado a um aumento do rico de desenvolver asma.

Após a análise dos resultados de um inquérito administrado a cerca de mil pessoas, os autores concluíram que os consumidores assíduos de paracetamol têm uma probabilidade três vezes maior de desenvolver asma. Os inquiridos que, em vez de paracetamol, usavam fármacos como ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno não apresentavam maior propensão para esta patologia.

De acordo com os investigadores, o consumo de paracetamol acarreta um risco acrescido de vir a ter asma porque este fármaco reduz os níveis de glutationa nos pulmões – uma substância antioxidante necessária à defesa das voas aéreas. 

Fontes:

http://erj.ersjournals.com/cgi/content/abstract/

 

Paracetamol associado ao aparecimento da asma

Um estudo publicado no Lancet indica que o uso de paracetamol durante o primeiro ano de vida ou durante a infância parece estar associado ao risco de asma, rinoconjuntivite e eczema aos 6-7 anos de idade.

Os investigadores analisaram mais de 200 mil crianças com 6-7 anos de 73 centros em 31 países, integradas na fase três do “International Study of Asthma and Allergies in Childhood” (ISAAC), tendo em vista determinar uma possível associação entre o consumo de paracetamol, um medicamento muito usado para combater a febre, e o desenvolvimento de asma.

A conclusão? O uso de paracetamol no primeiro ano de idade está associado a um risco aumentado de asma aos 6-7 anos, ao passo que o uso deste fármaco no presente está associado com um aumento do risco de sintomas, aumento esse que é dose-dependente. Pior, o paracetamol associa-se a um maior risco de sintomas graves de asma.

Fontes:

http://www.thelancet.com

Patrocínio:
www.paraquenaolhefalteoar.com