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Ouça o último podcast sobre uso dos nebulizadores e câmaras expansoras na asma, com Prof. Luís Miguel Borrego (Serviço de Imunoalergologia do Hospital D. Estefânia, Departamento de Imunologia da Faculdade Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa).. Clique aqui

 

Crises graves pioram a função pulmonar

Exacerbações graves associadas a um maior declínio da função pulmonar 

Os doentes com crises frequentes de asma têm um declínio mais acentuado da função pulmonar. A conclusão é de um estudo realizado com o objectivo de determinar o efeito das exacerbações graves na progressão da obstrução das vias respiratórias em 93 asmáticos não fumadores com doença moderada a severa. Os doentes foram seguidos durante uma média de 11 anos.

Há algum tempo que se pensa que as crises graves de asma poderiam estar relacionadas com alterações da função pulmonar, mas tal ainda não havia sido demonstrado. Este estudo vem, agora, suportar a ideia de que a frequência das crises está mesmo associada ao declínio da função pulmonar nos doentes asmáticos. 

 

Fontes:

 http://www.erj.ersjournals.com/cgi/content/abstract/30/3/452

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Prevalência de asma no mundo

Diferenças na prevalência da asma estão a esbater-se nas várias regiões do Mundo 

As diferenças registadas a nível internacional na prevalência de sintomas de asma reduziram, particularmente no grupo etário dos 13 aos 14 anos de idade, registando-se uma diminuição na Europa ocidental e subidas em regiões onde a prevalência era baixa, como África, América Latina e partes da Ásia.

Por sua vez, a percentagem de crianças que tiveram asma aumentou significativamente, reflectindo, talvez, uma maior consciência deste problema e/ou uma mudança na prática diagnóstica. Embora as divergências na prevalência estejam a baixar, o peso global da asma no mundo continua a aumentar.

O estudo intitula-se “Worldwide trends in the prevalence of asthma symptoms: phase III of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC)” e foi destaque da revista Thorax.

 

Fontes:

 http://thorax.bmj.com/cgi/content/full/62/9/757

Conversar com os pais pode aumentar a adesão

Conversar com os pais pode aumentar a adesão

 A preocupação dos pais relativamente à segurança dos medicamentos pode impedir que as crianças com asma melhorem, segundo revela um novo estudo.Calcula-se que um em cada seis pais de crianças asmáticas está mais preocupado com os efeitos secundários da medicação do que com a necessidade que os filhos têm de a utilizar. Sabe-se que as crianças podem estar livres de sintomas graças aos medicamentos actuais, mas o seu estado de saúde depende, inevitavelmente, das decisões que os pais tomam. Por isso, diz Kelly Conn, que liderou o estudo, “é preciso saber o que os pais estão a pensar quando falamos com eles”. Ou seja, conhecer as preocupações e dúvidas dos pais pode ajudar a aumentar a adesão ao tratamento. Caso contrário, o objectivo de controlar a doença poderá nunca ser atingido.

 

Fontes:

http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/abstract/120/3/e521

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Proteja-se das constipações e das infecções

Proteja-se das constipações e das infecções

Agora que o Inverno está à porta, receio que venham as constipações e as gripes porque, normalmente, tenho mais crises de asma quando isso acontece. O que devo fazer para me proteger? As constipações e as infecções respiratórias por virus estão na base da maioria das exacerbações de asma, designadamente entre as crianças.

Para evitar as crises, o melhor é ouvir o que dizem os especialistas. Estudos recentes demonstram que os alergénios e a poluição atmosférica, designadamente os gases emitidos pelos automóveis e o fumo do tabaco, parecem dificultar a reacção do organismo contra os vírus e, no caso da asma, predispor para exacerbações mais graves.

A exposição a um alergénio pode, assim, agravar os efeitos da infecção por um vírus, designadamente o rinovírus, nos doentes asmáticos. Um estudo mostra que a exposição a este vírus e a um alergénio em simultâneo provoca piores reacções e atrasa a resposta do organismo à infecção.

O ar contaminado pelo fumo dos carros tem sido relacionado com um maior número de hospitalizações, de acordo com um projecto europeu designado APHEA (Air pollution on Health: European Approach).

As crianças expostas a níveis elevados de NO2 têm mais dores de garganta e constipações, além de faltarem mais vezes às aulas. Nas crianças asmáticas, a exposição a vírus e ao NO2 aumenta as taxas de infecções respiratórias e agrava os sintomas da asma. O mesmo acontece, de resto, com as crianças que estão em contacto com o fumo do tabaco.

Perante estes dados, há que fazer opções. É verdade que é difícil, senão mesmo impossível, evitar totalmente o contacto com os alergénios e com a poluição, sobretudo nas zonas urbanas, mas está nas mãos de cada um evitar ambientes com muito fumo, como sejam as ruas com muito tráfego automóvel, os bares e as discotecas. É importante, também, reduzir o contacto com indivíduos que apresentam sintomas de uma infecção respiratória. Ambientes fechados, com má ventilação e muitas pessoas são também locais previligiados para o contágio. A vacina da gripe, embora só proteja contra um reduzido número de virus, pode também ser uma ajuda.

Tenho um filho com asma e tenho medo da medicação

Tenho um filho com asma. Tenho medo que a medicação que lhe estou a dar lhe faça mal. O que hei-de fazer?

Se é mãe ou pai de uma criança com asma e tem medo que os medicamentos prescritos pelo médico tenham efeitos laterais indesejáveis, saiba que a sua preocupação pode comprometer o bem-estar do seu filho.

Embora seja normalmente injustificado, esse receio é, na verdade, muito comum. Um estudo divulgado recentemente indica que um em cada seis pais se sente apreensivo relativamente aos fármacos utilizados.

 

Provavelmente, tem faltado algum diálogo e alguma abertura entre pais e médicos no sentido de se dissiparem todas as dúvidas e os mitos que rodeiam os medicamentos indicados na asma, designadamente os corticóides. É falso, por exemplo, que os corticóides provoquem aumento de peso, que viciem, que danifiquem os pulmões, que deveriam ser o último recurso ou que sejam necessárias doses cada vez maiores.

 

O ideal é que todos os anseios sejam devidamente expressos durante a consulta. Só assim o especialista poderá agir em conformidade, explicando aos pais o que está em causa. Se esta conversa não existir, a adesão ao tratamento pode estar seriamente prejudicada e, como tal, a criança nunca irá melhorar. Corre-se, assim, o risco de se entrar num ciclo vicioso em que o receio de dar a medicação leva a uma fraca adesão e esta, por sua vez, dita um agravamento dos sintomas, em vez de uma melhoria. Os pais podem culpar o médico, enquanto o médico culpará os pais, gerando-se tensões e desconfianças numa relação que se desejaria saudável e profícua.

 

A bem da criança, conte os seus receios ao médico. Vai ver que, na maior parte dos casos, eles não têm qualquer fundamento. Os medicamentos não matam. O que pode matar é a asma não controlada.

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Alergias – conhece bem as suas?

Alergias – conhece bem as suas? 

A importância de conhecer os alergénios a que somos sensíveis…

Para além da sintomatologia própria da reacção alérgica, os alergénios são tido como sendo agentes desencadeantes da asma. Desta forma, é aconselhado aos asmáticos conhecerem com rigor as substâncias a que são sensíveis. Alguns dos alergénios poderão não ser sempre evitáveis (como os esporos dos fungos presentes no ar que respiramos), mas outros são mais facilmente contornáveis. Poderemos também ajustar a medicação de acordo com a exposição aos alergénios. Prevenir a exposição a essas substâncias contribui em larga medida para o sucesso do controlo da asma e para a qualidade de vida e bem-estar do asmático.  

Como posso saber, com rigor, a que substâncias sou sensível?

Quando há suspeita de alergia, os testes cutâneos são normalmente a primeira escolha dos médicos em termos de método de diagnóstico. São os mais simples, rápidos, eficazes e baratos, e permitem ter resultados em poucos minutos e a um grande número de alergénios. O funcionamento dos testes cutâneos baseia-se numa premissa muitíssimo simples: se alguém é alérgico a uma determinada substância, vai desenvolver uma reacção se as suas células entrarem em contacto com o alergénio, o que permitirá confirmar a sensibilidade do paciente. 

Como são realizados os testes cutâneos?

Existem dois tipos de testes cutâneos:  

  • por picada ou prick; 
  • intradérmico.

Quase sempre são os testes cutâneos por picada os utilizados, só para algumas situações especiais como reacções a medicamentos ou picadas de abelhas/vespas se utilizam os testes intradérmicos. No teste cutâneo por picada, ou “prick”: 

  • O profissional de saúde limpa o antebraço do paciente com álcool;
  • …faz pequenas marcas (afastadas mais de 2 cm) no braço (faz tantas quantas as alergias a testar);
  •  … coloca pequenas gotas de extracto  do(s) alergénio(s) ao lado de cada marca;… com uma pequena lanceta, pica a camada mais superficial da pele do paciente através da gota de alergénio, levantando ligeiramente a pele (sem sangrar); 
  •  … a leitura é feita cerca de 15 minutos após a picada. Um teste por picada é considerado positivo quando se forma uma lesão elevada chamada pápula com um diametro maior que 3 mm e pelo menos igual à pápula provocada pelo controlo positivo (histamina). Estas pápulas, que habitualmente tem uma zona avermelhada à volta, desaparecem após cerca de 30 minutos.

Estes testes dão um pequeno desconforto não tanto pelo “picada” propriamente dita que pouco ou nada doi, mas pela sensação de “comichão” (prurido). De uma forma simplista pode dizer-se que a sensação é como a de uma picada de mosquito mas que dura no total menos de 1 hora. 

Como em todos testes clínicos, os testes cutâneos também têm uma margem de erro (embora menor do que as análises ao sangue). No entanto, um alergologista experiente saberá dizer se restam dúvidas quanto aos resultados do teste e, caso haja necessidade, o teste alérgico é repetido ou é realizado através de outra metodologia. Também é possível saber a que somos alérgicos através de análises ao sangue mas é um processo mais moroso e que se torna muito caro quando queremos testar com rigor muitos alergénios. 

O que são afinal as alergias?

A alergia é uma resposta do nosso sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo. Quando o sistema imunitário detecta a presença de elementos exteriores que considera perigosos (neste caso, o alergénio) liberta uma proteína designada por Imunoglobulina E (IgE). Esta proteína fixa-se na substância que provocou o alerta imunológico e fomenta a libertação de histamina e outras substâncias. É principalmente a histamina que, nos primeiros minutos provoca os sintomas alérgicos: espirros, dispneia, prurido, etc.

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