Podcast: Uso dos nebulizadores e câmaras expansoras na asma

 

Podcast: Uso dos nebulizadores e câmaras expansoras na asma, com Prof. Luís Miguel Borrego (Serviço de Imunoalergologia do Hospital D. Estefânia, Departamento de Imunologia da Faculdade Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa).

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Ciclo menstrual condiciona asma

As alterações hormonais que ocorrem naturalmente durante o ciclo menstrual das mulheres influenciam a sintomatologia da asma, comprova um estudo científico canadiano publicado recentemente na revista Chest. O uso da pílula contraceptiva pode diminuir os efeitos das flutuações hormonais na doença, acrescentam os autores.

Estas novas informações resultam da análise do ciclo menstrual de 17 mulheres às quais foram aferidos diariamente os sintomas de asma através da realização de vários testes e medidos os níveis de estrogénio e progesterona.

O estudo demonstrou que o aumento de estrogénio se relaciona com melhores resultados nos testes de avaliação respiratória enquanto a subida da progesterona está associada a mais sintomas de asma. No entanto, estes efeitos só se verificam nas mulheres asmáticas que não usam pílula contraceptiva.

Fontes:
http://www.chestjournal.org/content/early/2009/07/17/chest.09-0604.abstract?sid=3e395340-62da-4663-83be-97c7d19bca9b
 

Fumo dos escapes provoca asma nos adultos

Um trabalho científico publicado na revista Thorax revela que o fumo dos escapes é responsável pelo aparecimento de asma em muitos adultos. Os cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, observaram 2725 adultos sem historial de consumo de tabaco durante 11 anos, sendo que 41 desenvolveram asma durante esse período. 

Após analisarem a exposição da amostra ao fumo dos escapes, os autores concluíram que os adultos mais expostos à poluição urbana tinham um risco 50 a 100% maior de ter asma. Esta associação manteve-se mesmo após a observação de outros factores potenciadores dos sintomas de asma, como a presença de poluentes no local de trabalho, a história clínica familiar, entre outros. 


Fontes:

http://thorax.bmj.com


Humidade pode provocar problemas respiratórios

Os problemas de humidade na cozinha e os ácaros do pó em salas de estar e, especialmente, no quarto das crianças estão associados com dificuldades respiratórias, diz um estudo do Pediatrics. Quanto maior a humidade na cozinha, maiores as queixas de problemas em respirar reportadas pelos pais.

Curiosamente, a humidade das casas de banho não teve qualquer impacto. Do mesmo modo, a humidade não parecia influenciar outras variáveis de saúde, como a tosse ou as infecções do tracto respiratório.

Para realizar este estudo, foram feitas inspecções a quase 400 casas e as crianças que lá residiam foram seguidas através de questionários.

Os autores concluem que é importante abordar o problema da humidade de forma diferente consoante ela se verifique na cozinha, na sala ou em qualquer outra divisão do lar.   

 

Fontes:

http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/abstract/124/2/e329 


Resistência à insulina pode ser risco para a asma

Tem resistência à insulina? Então muito cuidado porque poderá vir a padecer de asma! Um estudo publicado recentemente no Clinical and Experimental Allergy indica que insulinoresistência está relacionada com sintomas de asma, que esse efeito é mesmo superior ao da obesidade e que é independente de se pertencer ao género feminino ou masculino.

Os autores do estudo examinaram mais de 4 mil indivíduos que já haviam sido examinados entre 1999 e 2001, tendo medido o índice de massa corporal, a circunferência da cintura, entre outros índices, bem como a glicose e a insulina.

Ora, a resistência à insulina estava efectivamente associada a um maior risco de ter sintomas de asma. As razões para essa associação não são, actualmente, claras.

 

Fontes:
http://www.ingentaconnect.com


Quanto maior é o nível de ácido fólico, menor é a dificuldade em respirar?

Níveis elevados de ácido fólico estão associados a menor risco de dificuldades respiratórias e atopia, diz um estudo agora publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology.

Os cientistas analisaram os dados de mais de oito mil pessoas com mais de dois anos de idade, incluindo níveis de ácido fólico e de IgE (um marcador de inflamação associado à alergia), e concluíram que quanto mais alto eram os níveis daquela vitamina, menor a quantidade de IgE, menor a atopia e menores as dificuldades respiratórias.

Além disso, níveis mais elevados de ácido fólico no organismo estavam associados a um risco mais baixo de diagnóstico de asma, embora os números obtidos não tenham tido relevância estatística. Este estudo vem contrariar outros autores que afirmam precisamente o contrário. A controvérsia mantém-se. 

Fontes:

http://www.jacionline.org/article/S0091-6749(09)00387-X/abstract 


Cães e gatos podem ser os melhores amigos contra as alergias

Os animais de estimação, designadamente cães e gatos, parecem ter um efeito protector contra as alergias, embora não impeçam a asma. Segundo um estudo realizado na Holanda e publicado na revista Allergy, as crianças que privam desde cedo com animais estão mais protegidas contra a sensibilização a alergéneos inalados, mas esse contacto precoce não parece prevenir o desenvolvimento de asma durante a infância.

O estudo em causa analisou os dados de quase 3000 crianças que participaram noutro estudo, o PIAMA, tendo avaliado a relação entre a existência de animais em casa, a sensibilização a alergéneos, a asma e os sintomas respiratórios desde o nascimento até aos 8 anos de idade.

Os resultados mostram que as crianças que tinham um gato ou um cão em casa desde os três meses de idade tinham menos sensibilização a alergéneos, isto é, menos alergias. A presença de gatos diminuiu a alergia aos ácaros da casa e a presença de cães reduziu a alergia aos pólens. Contudo, a prevalência de asma não foi afectada.

Assim, os cientistas holandeses não desaconselham a adopção de animais no primeiro ano de vida das crianças com o objectivo de minimizar o risco dela se tornar alérgica.

Fontes:

http://www.ingentaconnect.com/content/mksg/

all/2009/00000064/00000008/art00014 

 

Asma persistente e azia

As crianças e adolescentes com asma persistente têm uma elevada prevalência de refluxo gastroesofágico, que normalmente manifesta-se como azia, quer quando estão deitados (de costas), quer quando estão de pé, embora não haja qualquer relação com os testes de função respiratória.

 

A maior frequência de refluxo gastroesofágico em adultos durante a noite já havia sido demonstrada, tendo-se provado inclusivamente uma associação com sintomas respiratórios.

 

No sentido de perceber o que se passava em crianças com asma persistente, investigadores da Unidade de Gastrenterologia Pediátrica de um Hospital de Porto Alegre, no Brasil, analisaram 38 doentes durante dois anos através da monitorização do pH dentro do esófago e da comparação com os resultados das espirometrias. Foram considerados como sintomas de refluxo a regurgitação, a indigestão e a dor abdominal.

Os resultados, publicados no Journal of Asthma, indicam que a prevalência de refluxo era muito mais elevada nas crianças e adolescentes com asma persistente.

Fontes:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/