Asma: vivendo com o inimigo

Já pensou que pode estar a dormir com o inimigo? O pó, os ácaros, os fungos e os pólens podem estar em todo o lado, mesmo que não os veja.

Se sofre de asma, terá de tomar algumas medidas para que a sua casa não se transforme num reservatório de alergéneos. Há algumas alterações relativamente simples e baratas que poderão fazer a diferença, reduzindo consideravelmente os sintomas e as crises.

Calcula-se que o ser humano passe um terço da sua vida na cama, pelo que o quarto terá de merecer especial atenção.

Aqui ficam alguns conselhos que poderão ajudá-lo a controlar a sua asma no dia-a-dia:

Envolva colchões, estrado de molas e travesseiros em revestimentos hermeticamente fechados. Prefira materiais laváveis. Evite artigos com penas.

– Lave lençóis, fronhas e cobertores pelo menos uma vez por semana a uma temperatura de, no mínimo, 55º Celsius.

– Remova o papel de parede, as carpetes e as alcatifas. Opte por soalho de madeira ou outras superfícies laváveis.

– Escolha um mobiliário simples de limpar em couro, madeira, metal ou plástico. Evite móveis acolchoados.

– Retire do seu quarto tudo aquilo que seja susceptível de acumular lixo e pó, incluindo as quinquilharias, bibelots, peluches, livros e revistas.

– Guarde os brinquedos das crianças em caixas ou arcas.

– Mantenha o seu cão ou gato longe do seu quarto. Lave-o pelo menos duas vezes por semana.

Mantenha as janelas fechadas durante as estações com maior concentração de pólen.

– Ligue o ar condicionado, se possível.

Evite produtos com odor activo, como os derivados de amoníaco, bem como vassouras e aspiradores que não tenham filtros para reter as partículas mais pequenas.

– Lembre-se que os aparelhos que filtram e purificam o ar não fazem milagres.

– Não deixe que ninguém fume dentro da sua casa.

– Se quiser aproveitar as férias para fazer uma limpeza à casa, use uma máscara de protecção. Perceba o que pode mudar e faça planos. Ponha a família a ajudar.

A sua saúde agradece.

 

Deficiência de vitamina D pode estar relacionada com a asma

De acordo com um artigo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, uma alimentação desequilibrada e a exposição cada vez menor à luz do sol estarão associadas a uma “epidemia” de asma.

 

Recorde-se que a prevalência de asma e de doenças alérgicas começou a aumentar na década de 60 do século XX, mais ou menos ao mesmo tempo que as populações se tornavam mais prósperas e começaram a preferir actividades em recintos fechados às actividades ao ar livre.

 

Paralelamente, as exigências da vida moderna nem sempre permitem ter uma alimentação equilibrada, resultando daqui uma diminuição da ingestão de certos nutrientes essenciais para o ser humano, como é o caso da vitamina D. A situação é ainda mais grave nas mulheres grávidas.

A boa notícia é que a deficiência nesta vitamina pode ser prevenida. 

Fontes:

http://www.jacionline.org/article/PIIS0091674907018672/fulltext#article-outline 

 

Alergias podem ter efeito protector relativamente a cancro no cérebro

De acordo com um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute, as alergias podem reduzir o risco de desenvolver um certo tipo de cancro do cérebro designado por glioma.

Os investigadores da Harvard School of Public Health (Boston) levaram a cabo uma revisão sistemática dos trabalhos publicados que quantificavam a associação entre asma, eczema ou alergia, e o diagnóstico clinicamente comprovado de glioma, tendo verificado que existe uma relação inversa entre a presença de alergias e o desenvolvimento deste tipo de cancro.

Embora se desconheçam as razões que estão por detrás desta associação, há várias hipóteses plausíveis. Uma delas é que os factores imunológicos que predispõem os indivíduos para as alergias possam desempenhar um papel importante. Outra possibilidade é que os medicamentos usados para tratar as doenças alérgicas ofereçam protecção contra esta patologia. 

 

Fontes:

http://jnci.oxfordjournals.org

 

Jovens deprimidos têm duas vezes mais alergias

Os jovens com depressão, ansiedade ou outras perturbações psíquicas têm maior tendência a sofrer de doenças alérgicas, indica um estudo recentemente divulgado.

 

Numa amostra de 184 crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os quatro e os 20 anos que padeciam deste tipo de perturbações, 57% tinham história de alergias, incluindo asma.

 

Assim, os investigadores concluíram que, nos jovens com diagnóstico de perturbações do foro mental, incluindo o abuso de substâncias, o risco de ter alergias será duas vezes maior.

 

Estes resultados são consistentes com o que tem sido observado na prática, refere Mauricio Infante, da Universidade de Winsconsin, no Journal of Clinical Psychiatry.

Resta saber os motivos desta associação para encontrar estratégias eficazes de prevenção e de tratamento.

 

Fontes:

http://www.reuters.com/article/idUSLAU98027020071019  

 

Crianças com asma mal controlada faltam duas vezes mais às aulas

As pessoas com asma mal controlada faltam mais vezes à escola e ao trabalho do que aquelas que controlam a sua doença.

De acordo com um estudo, as crianças com asma mal controlada faltam mais de seis dias às aulas, em seis meses, quando os alunos saudáveis faltam apenas 2,6 dias durante o mesmo período de tempo.

Do mesmo modo, os adultos que não têm a sua asma controlada faltam cerca de cinco dias ao trabalho, enquanto os que têm a doença sob controlo faltam 1,5 dias.

Embora não tenha ficado surpreendido ao constatar que havia uma diferença, o Dr. David Tinkelman, professor de Pediatria e responsável do National Jewish Medical and Research Center, em Denver, nos Estados Unidos, confessa que não contava que ela fosse tão grande. 

Fontes:

http://healthday.com/Article.asp?AID=609286