Usadas há milhares de anos, as ervas chinesas estão a despertar um interesse crescente no mundo ocidental, incluindo em Portugal. No entanto, a eficácia e a segurança destes remédios caseiros só agora estão a ser testadas com métodos científicos utilizados, designadamente, no estudo dos medicamentos antes da sua aprovação para comercialização no mercado. Até agora, as chamadas plantas medicinais têm sido vendidas, um pouco por todo o lado, mas sobretudo nas ervanárias, com alegações atractivas, mas que raramente estão cientificamente comprovadas. E não é só um problema de desconhecer a sua real eficácia, a segurança, os efeitos laterais e as interacções com outras ervas ou com medicamentos são desconhecidos, tornando estes “tratamentos” “um tiro no escuro”.
Nos últimos tempos, tem havido muitos estudos que se debruçam sobre os efeitos das ervas chinesas nas doenças alérgicas e, muito particularmente, na asma. Alguns resultados são prometedores, salientando o seu potencial como alternativas ou como complementos dos medicamentos já cientificamente testados (a medicina ocidental). Pensa-se que, no futuro, alguns destes compostos poderão dar origem a novos medicamentos que poderão ser utilizados no tratamento da asma, bem como da alergia alimentar. Até lá, o melhor mesmo é avisar o seu médico caso esteja a tomar algumas destas ervas para acautelar possíveis interacções com a medicação que está a fazer.
Fontes:
http://www.jacionline.org/article/PIIS0091674907008627/fulltext