A Asma pode afectar a escolha da minha carreira profissional?

A Asma pode afectar a escolha da minha carreira profissional?

Como geralmente o asmático não está com sintomas, pode ser difícil para as outras pessoas compreender que o asmático não pode lidar com certas situações. É importante avisar que é asmático e tentar explicar aos seus colegas no que consiste a doença. Deve pedir para evitarem fumar perto de si.

Porque é que posso usar corticosteróides inalados durante muitos anos, mas os cremes com corticoster

Porque é que posso usar corticosteróides inalados durante muitos anos, mas os cremes com corticosteróides na pele apenas por curtos períodos?

A pele e os vasos sanguíneos debaixo da pele são muito sensíveis ao efeito dos corticosteróides. Se aplicar um creme com corticosteróides na mesma área da pele durante muito tempo, a pele e a parede dos vasos sanguíneos tornam-se frágeis e quebram com facilidade, o que leva ao aparecimento de manchas. Este efeito não ocorre nas paredes das vias aéreas e parece que estas respondem de uma forma diferente da pele aos corticosteróides.

PAPA Férias

Para pôr as crianças asmáticas a mexer 

A Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) quer pôr as crianças a mexer. Para tanto, preparou uma série de programas de férias – PAPA Férias – para crianças asmáticas centrados na actividade física bem como na melhoria das suas capacidades de sociabilização e autoconfiança para controlo da doença.

 O objectivo do PAPA Férias é mostrar que as crianças com asma não estão proibidas de praticar desportos. Muito pelo contrário. O exercício físico ajuda a melhorar os sintomas e a controlar a doença.

Embora esteja cientificamente demonstrado que a prática desportiva é benéfica para os asmáticos, há muitos falsos mitos que subsistem. Muitos pais, educadores e até crianças têm receios infundados quanto às consequências do exercício ou não sabem qual a modalidade mais indicada.

 De facto, há esquemas de treino e exercícios que são mais adequados a crianças com asma. Em alguns casos, pode ser mesmo necessário adaptar o exercício ao estado da doença.

Seja como for, a actividade física é um elemento fundamental para um crescimento e desenvolvimento saudáveis. Na criança com asma, não só ajuda no controlo da doença como promove a autoconfiança, a auto-estima e a sociabilização.

 

Sendo um programa de educação bem estruturado, o PAPA Férias visa, ainda, fornecer à criança com asma um conjunto de conhecimentos e capacidades de lidar com a doença. Este tipo de programas raramente é disponibilizado pelo sistema de saúde, embora existam estudos que comprovem a sua eficácia.

 Se a isto acrescer a necessidade de ocupar as crianças durante as férias, este programa surge na altura certa.

Destinado a crianças dos 8 aos 12 anos de idade, o PAPA Férias decorrerá de 1 a 5 de Setembro, das 9 às 17h, Parque desportivo Central da Maia (ponto de encontro: Complexo de Ténis da Maia).

As actividades incluem jogos de equipa (p.ex. futebol, andebol), natação, ginástica, atletismo, Hip hop e Wii (jogos de consola com movimento).Tendo em vista a adequação do exercício físico ao estado da criança e para avaliar eventuais alterações após o mesmo, os médicos presentes no local irão efectuar alguns testes simples e não invasivos de avaliação do estado da asma, incluindo a medição de óxido nitrato exalado, prova de função respiratória e testes cutâneos de alergia.

O número máximo de crianças por evento é de 30 que serão acompanhadas por três professores de educação física e monitores. Cada criança asmática poderá convidar outra criança amiga/familiar não asmática. Terão prioridade as crianças com diagnóstico de asma e sócios da Associação Portuguesa de Asmáticos.

Quanto aos custos, os sócios da APA pagarão 40€ e os não sócios, 55€, passando automaticamente a ser sócios.

Esta iniciativa conta com vários apoios incluindo a Câmara Municipal da Maia, BPI e a Fundação Vítor Baía.

{mosimage}{mosimage}Mais informações e inscrições:Associação Portuguesa de AsmáticosWebsite: www.apa.org.ptE-mail: informa@apa.org.ptTlm: 91 9073956

O que posso fazer para melhorar o ambiente da minha casa?

O que posso fazer para melhorar o ambiente da minha casa?

É importante que a sua casa seja bem arejada e limpa, particularmente o soalho. Os soalhos de madeira são melhores que as alcatifas, que tendem a acumular muito pó.

Em geral não deve manter animais com pêlo e animais dentro de casa, mesmo que não seja alérgico aos mesmos, dado que eles levam a uma maior acumulação de ácaros.

Tente evitar perfumes, after-shaves, desodorizantes ou plantas com cheiro intenso dentro de casa, dado que todos são possíveis factores desencadeantes de asma.

Não permita que fumem dentro de casa (e tente evitar ambiente com muito fumo, como bares).

Juntos conseguimos: maior comparticipação para as associações de medicamentos antiasmáticos

Em resposta à proposta da Comissão de Acompanhamento do Programa Nacional de Controlo da Asma, que a APA integra, a partir de 1 de Novembro a comparticipação do Estado passa de 37% para 69% para o regime geral. No entanto, a portaria de 15/10/2009 indica que este regime será por um ano. Temos, pois, que continuar a trabalhar juntos para que não nos voltem a retirar esta comparticipação.

Até agora os fármacos antiasmáticos eram comparticipados a 69% se estivessem sozinhos num inalador, mas se os mesmos fármacos estivessem em associação num mesmo inalador, eram só comparticipados a 37%! Esta diferença era ainda mais incompreensível porque todas as recomendações internacionais e nacionais consideram as associações num mesmo inalador a medicação mais adequada para as pessoas com asma moderada a grave.

 

A Portaria nº 1263/2009 de 15-10-2009 veio corrigir esta injustiça determinando a mudança do escalão de comparticipação das associações de antiasmáticos e ou de broncodilatadores. De acordo com esta Portaria, “as associações de antiasmáticos e ou de broncodilatadores (5.1) constantes do escalão C do anexo à Portaria n.º 1474/2004, de 21 de Dezembro, passam a integrar o escalão B, devendo esta alteração ser incluída no local próprio daquele anexo”.

A mesma Portaria, publicada no dia 15 de Outubro de 2009, em Diário da República, 1.ª série — N.º 200, estipula que a mudança de escalão vigora pelo prazo de um ano.

 

Anteriormente, a Portaria n.º 1474/2004, de 21 de Dezembro, fixou os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos e farmacoterapêuticos que integram os diferentes escalões de comparticipação do Estado no preço dos medicamentos, determinando que as associações de antiasmáticos e ou de broncodilatadores (Grupo 5 – Aparelho respiratório – 5.1 – Associações de antiasmáticos e ou de broncodilatadores) faziam parte do escalão C.

 

Em Fevereiro de 2009, a Comissão e Acompanhamento do Programa Nacional de Controlo da Asma, que a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) integra, apresentou uma proposta de subida de escalão para as associações fixas de broncodilatadores em formulação farmacêutica única, a fim de melhorar a adesão ao tratamento e controlo da asma.

No dia 22 de Setembro deste ano, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde emitiu finalmente um despacho no qual determinou que fosse produzida evidência empírica, no prazo de um ano, que comprovasse os benefícios da medida para o melhor controlo da doença, pelo que a presente portaria deve ser revista no fim do referido prazo. Desta forma, a medida agora tomada vigora apenas por um ano.

Na prática, para o regime geral, o Estado passa a comparticipar 69% do preço de venda ao público das associações de antiasmáticos e/ou de broncodilatadores, quando, até aqui, a comparticipação do Estado era de apenas 37%, de acordo com o Decreto-Lei no 118/92, de 25 de Junho, na sua redacção actual.

Assim, por exemplo, para uma associação de budesonida e formoterol com um custo de 46,02 euros, com a comparticipação de 37% o doente tinha de desembolsar 29 €. Com a mudança do escalão de comparticipação, o doente só terá de pagar na farmácia 14,27 €. Uma diferença de quase 15€. Um outro exemplo: para a associação de fluticasona e salmeterol com um preço de 39,09 euros, o doente pagava 24,63 €; com esta alteração, o doente pagará apenas 12,12€.

São, assim, boas notícias. Mas acreditamos que o Estado não gastará mais dinheiro, pois, com a redução de custo para o asmático, existe uma melhor adesão à terapêutica e, por isso, menos recursos às urgências ou faltas ao trabalho, que têm custos muito mais altos para o Estado. Temos um ano para mostrar isto mesmo.

 

Podcast: Uso dos nebulizadores e câmaras expansoras na asma

 

Podcast: Uso dos nebulizadores e câmaras expansoras na asma, com Prof. Luís Miguel Borrego (Serviço de Imunoalergologia do Hospital D. Estefânia, Departamento de Imunologia da Faculdade Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa).

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Ciclo menstrual condiciona asma

As alterações hormonais que ocorrem naturalmente durante o ciclo menstrual das mulheres influenciam a sintomatologia da asma, comprova um estudo científico canadiano publicado recentemente na revista Chest. O uso da pílula contraceptiva pode diminuir os efeitos das flutuações hormonais na doença, acrescentam os autores.

Estas novas informações resultam da análise do ciclo menstrual de 17 mulheres às quais foram aferidos diariamente os sintomas de asma através da realização de vários testes e medidos os níveis de estrogénio e progesterona.

O estudo demonstrou que o aumento de estrogénio se relaciona com melhores resultados nos testes de avaliação respiratória enquanto a subida da progesterona está associada a mais sintomas de asma. No entanto, estes efeitos só se verificam nas mulheres asmáticas que não usam pílula contraceptiva.

Fontes:
http://www.chestjournal.org/content/early/2009/07/17/chest.09-0604.abstract?sid=3e395340-62da-4663-83be-97c7d19bca9b
 

Fumo dos escapes provoca asma nos adultos

Um trabalho científico publicado na revista Thorax revela que o fumo dos escapes é responsável pelo aparecimento de asma em muitos adultos. Os cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, observaram 2725 adultos sem historial de consumo de tabaco durante 11 anos, sendo que 41 desenvolveram asma durante esse período. 

Após analisarem a exposição da amostra ao fumo dos escapes, os autores concluíram que os adultos mais expostos à poluição urbana tinham um risco 50 a 100% maior de ter asma. Esta associação manteve-se mesmo após a observação de outros factores potenciadores dos sintomas de asma, como a presença de poluentes no local de trabalho, a história clínica familiar, entre outros. 


Fontes:

http://thorax.bmj.com


Humidade pode provocar problemas respiratórios

Os problemas de humidade na cozinha e os ácaros do pó em salas de estar e, especialmente, no quarto das crianças estão associados com dificuldades respiratórias, diz um estudo do Pediatrics. Quanto maior a humidade na cozinha, maiores as queixas de problemas em respirar reportadas pelos pais.

Curiosamente, a humidade das casas de banho não teve qualquer impacto. Do mesmo modo, a humidade não parecia influenciar outras variáveis de saúde, como a tosse ou as infecções do tracto respiratório.

Para realizar este estudo, foram feitas inspecções a quase 400 casas e as crianças que lá residiam foram seguidas através de questionários.

Os autores concluem que é importante abordar o problema da humidade de forma diferente consoante ela se verifique na cozinha, na sala ou em qualquer outra divisão do lar.   

 

Fontes:

http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/abstract/124/2/e329